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Acelerando o Mindset

Acelerando o Mindset

Ao concluir a 35ª imersão no Vale do Silício no mês passado, com o grupo de Smart Cities, fui arremetido à primeira versão da imersão, realizada em setembro de 2008, dentro da Plug and Play Tech Center, em Sunnyvale.  O coração do vale original das nêsperas veio a se chamar, mais tarde nos anos 70, Vale do Silício, quando os fabricantes de semicondutores se instalaram na região, após terem descoberto as propriedades de transmissão de energia do silício.

A imersão no Vale nasceu da necessidade de se criar condições iguais de concorrência para as empresas brasileiras de base tecnológica, buscando se posicionar no mercado norte-americano e que faziam parte do programa do Brasil IT+. Elas buscavam maneiras de competir em igualdade de condições com as empresas baseadas nos Estados Unidos. A imersão foi concebida como uma das etapas de uma jornada de internacionalização e calibragem da competitividade que compreendia de 5 a 7 etapas, dependendo da maturidade do product fit de cada solução que buscava um “lugar ao sol” nas terras do Tio Sam. Era uma jornada de aceleração internacional com o objetivo de buscar rapidamente a competitividade necessária para consolidar uma posição em mercados mais competitivos.

A conexão com o Vale foi, inicialmente, decorrente de uma herança pessoal por eu ter sido criado naquela região desde 1978 e ter sido exposto muito cedo ao mindset adotado pelas empresas locais. Essa conexão proporcionou à imersão adotar ferramentas e posturas voltadas para agilidade e precisão no desenvolvimento empresarial. A primeira edição foi realizada em apenas um dia, o que foi suficiente para entender que as empresas, e principalmente seus executivos e empreendedores, precisavam ter maior exposição àquele mindset, com mais tempo para internalizar conceitos e ferramentas, enquanto realizavam conexões com o ecossistema local.

Foi um novo aprendizado a cada imersão, o que nos ajudou a buscar as calibragens e experiências com maior impacto de transformação. Afinal, era isso que se buscava: uma forma de as empresas estarem em condições mais equânimes de concorrência com as empresas sediadas no mercado local. A calibragem atual chega a ser comparada a um investimento de MBA de 2 anos, sendo considerada muito mais valiosa. Nas primeiras versões, a experiência era tão inovadora, que as agendas eram genéricas, buscando-se conhecer a inovação e o mindset local. Ainda não dávamos ênfase especial a segmentos ou verticais, o que agora mudou. Buscamos realizar experiências com foco temático, como cidades inteligentes, varejo, automotivo, gestão, energia, construção, agronegócio, além de empreendedorismo e inovação.

Em cada uma das experiências verticais valorizamos o mindset local, alicerçado na compreensão de que a competitividade é resultante da busca de fazer melhor que o concorrente, desta forma apresentando novas formas inovadoras de encapsulamento de valor. Cada imersão conta com atividades de transferência de conhecimento aplicado, ou seja, conhecimento prático que pode ser aplicado imediatamente nas realidades de cada um. É uma verdadeira jornada de absorção de ferramentas de competitividade e inovação dentro dos seus respectivos segmentos.

A imersão da OBr.global nasceu da necessidade de alcançar maior competitividade e, hoje, não somente ajuda na construção de diferenciais competitivos, como também abre uma janela para o mundo, pois diferentemente de outras regiões, o Vale, além da exclusividade do silício, tem outra característica única: ser naturalmente global. Por ser o epicentro mundial da inovação e empreendedorismo, o Vale consegue ser a única região que também é global, simplesmente porque o mundo inteiro também está lá, desta forma podendo se fazer um lançamento mundial de um único local.

Por fim, a imersão da OBr, com foco na instrumentação acelerada dos empreendedores, empresários e executivos, reunidos sob temas e verticais específicos, é uma das melhores e mais rápidas maneiras de se adquirir as competências necessárias para se tornar um player global. Ela não é a ultima parada, mas certamente é caminho mais rápido para alcançar competitividade internacional.

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