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Os desafios de ser um mentor ‘eficaz’

Os desafios de ser um mentor ‘eficaz’

Por: Robert Janssen

Acha que há muita conversa sobre mentores para startups, como escolhê-los e como você obtém o máximo valor de uma mentoria?

Nos últimos anos, temos orientado diversos empreendedores e trabalhado com muitas pessoas querendo se tornar mentor. Primeiro, a sensação (emoção) de poder contribuir com a construção de um sonho que possa fazer a diferença é algo muito sublime e transcende os sentimentos mais terrenos e materiais. Sem dúvida, é uma das melhores maneiras de retribuir as nossas vitórias, mas ter efetividade em uma relação que realmente faça a diferença, além da empatia e confiança, é ter um plano e conseguir medi-lo.

Os ingredientes básicos para uma relação frutífera:

Base de confiança

Independentemente do tipo de mentor, é fundamental criar confiança para ser eficiente e útil. A confiança é estabelecida a partir de uma base de empatia, e isso somente se consegue de forma perene após um primeiro alinhamento de valores e expectativas.

O começo

Não se deve perder muito tempo, considerando que a maioria dos contextos é voltada a programas de aceleração. Portanto, construa rapidamente o storyline de como o empreendedor chegou até ali e, na sequência, tire “uma fotografia” do estágio atual para identificar como o mentor poderá ser útil. Ambos devem concordar operar a partir de um plano de ação.

Plano de ação

Muito se fala sobre o momento “eureka” e como normalmente se opera livremente, sem um roteiro quando está na fase inicial. Porém, para que se tenha efetividade dentro do contexto da proposta de valor da startup é preciso ter um plano de ação claro que dê direção para o avanço. Isso ajuda a mentoria a contribuir para a evolução da startup.

Foco para poder medir

Cada sessão deve ter um objetivo claro que deve estar conectado ao plano de ação, o que por sua vez deve estar alinhado com o objetivo maior da jornada. Operar sem um plano é como voar no escuro sem radar, não se consegue medir a efetividade das decisões e/ou ações. O sucesso de um empreendedor acontece a partir da qualidade das decisões tomadas e da acuidade das ações executadas.

Facilitador

A parte mais difícil é, definitivamente, não dizer ao seu aprendiz o que fazer, mas sim ajudá-lo a considerar todas as possibilidades para obter a melhor resposta possível para um desafio. O mentor terá sempre mais informações que o mentorado, portanto, o mentor deve se concentrar em conseguir que o mentorado avalie adequadamente todos os ângulos para tomar as decisões necessárias. Precisa ser o melhor facilitador.

Avaliação

Para se ter certeza de que está evoluindo, tanto na startup como na relação da mentoria, é imperativo avaliar o desempenho. Para isso, novamente, precisa-se ter um plano e uma estrutura mínima para consolidar e avaliar o progresso da jornada.

No final, sem base de confiança, sem um plano de ação e sem formas de medir desempenho, a mentoria fica ao sabor do vento, e ambos, mentorado e mentor são apenas meros espectadores.

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